São João estava próximo, quando recebi uma chamada do meu amigo Pedro. “Então! Este ano não vens ao São João cá ao Porto?” perguntou-me. Era um facto que já há vários anos não ia ter com um bom grupo de amigos ao Porto para participar nos grandes festejos de São João. A última vez foi já há três anos atrás. Na altura no meio dos festejos, conheci a Margarida, uma amiga do Pedro que é de Leiria, e que não me passou nada despercebida, nem eu a ela. Recordo-me que na altura criou-se assim um certo clima entre nós no mínimo interessante. A Margarida tinha um corpo bem feito, com umas curvas bem redondinhas, cabelo claro pelos ombros e uns olhos esverdeados muito provocantes e intimidadores. Apesar do bom clima, uns roça roça no meio da multidão, umas carícias mais ousadas, mas também um bom entendimento entre nós, esse encontro na altura não foi propício para mais desenvolvimentos. Acabámos por ir cada um para o seu lado, ela de volta para Leiria, eu para Lisboa, e fomos continuando cada um na sua vida sem nunca mais termos contacto. Mas de repente, aquele convite inesperado para voltar ao São João, trouxe-me à memória esta pessoa. Enquanto o meu amigo João ia falando ao telefone comigo, a mente já divagava pensando o que é que seria feito da Margarida. O mais certo era que já namorasse, se é que não estava já casada. Uma rapariga daquelas não poderia estar sozinho muito tempo. A lista de pretendentes seria certamente muito grande. Voltei a mim e recuperei todos os meus sentidos de repente quando o Pedro me disse: “Olha, a Margarida ligou-me ontem e diz que adorava vir cá este ano juntar-se novamente à malta. Só que ela tem um problema, está sem carro e já sabes como é que ela é em matéria de transportes públicos. Por isso estava cá a pensar, tu para vires para o Porto até passas por Leiria. E se lhe desses uma boleia?” Eu nem queria acreditar. “Bem,” respondi eu ainda incrédulo, “ a ideia é interessante, mas será que ela não se importa de ir sozinha comigo no carro? Afinal nós nunca mais falámos e…” “Não te preocupes com isso”, respondeu-me o Pedro. “Eu falo com ela e digo-lhe que vens e que lhe dás uma boleia. Está combinado?” “Sim, por mim tudo bem” respondi eu duvidando ainda da veracidade daquele momento.
Eram cinco horas da tarde, quando toca o meu telemóvel. Número desconhecido. Atendi. “Estou, daqui fala a Margarida! Não sei se ainda te lembras de mim, nós conhecemo-nos há uns anos atrás no São João, estávamos nós com um grupo de amigos do Pedro, um amigo que temos em comum. Lembras-te?” A voz dela era doce, e percebia-se um tom hesitante de quem estava com receio que eu já não me lembrasse dela. “Claro que me lembro de ti” respondi eu de imediato. Ouvi um sorriso do outro lado e o tom de voz passou a ser mais confiante. Começou uma conversa muito longa na qual aproveitámos para repor as novidades todas em dia. “Estava a ligar-te porque o Pedro disse-me que tu ias ao São João este ano.” disse-me ela a meio da conversa. “Sim, é verdade, nunca mais lá fui desde do ano em que te conheci, e este ano estava-me apetecer ir até lá juntar-me ao pessoal.” “Eu também gostava,” respondeu, “mas tenho um problema, o meu carro está avariado, e tu já sabes que sou uma desgraça com transportes públicos. Será que te importavas muito de fazer um desvio por Leiria e levar-me?” “Claro que não me importo!” respondi eu ainda assim tentando disfarçar o entusiasmo que se gerava em mim. Depois, com tom de brincadeira ainda perguntei “mas o teu namorado não se importa que faças uma viagem de três horas sozinha com outro rapaz?” “Oh nem imaginas! Isto anda muito mal de amores!” respondeu. “Depois conversamos melhor e conto-te a história toda.” A minha provocação era obviamente tudo menos inocente, mas naquele momento procurei disfarçar. Claro que a resposta aumentou ainda mais o meu interesse. Acabámos a nossa conversa combinando o nosso programa, afinal já só faltava uma semana para a festa, e despedimo-nos. “Então até para a semana!” disse-me com um tom feliz. “Até para a semana!” respondi eu procurando disfarçar qualquer ponta de interesse em torna de toda esta situação. Escusado será dizer que o resto da semana, passei-a com a cabeça no ar a pensar na Margarida, e claro que não foi só a cabeça que ficou no ar.
Finalmente chegou o dia tão esperado. Fiz-me à estrada, e conforme combinado, fiz o desvio por Leiria para ir buscar a Margarida. Estava ansioso por voltar a ver aquela rapariga sedutora, que conheci há três anos atrás. Estaria igual? Quando cheguei, mandei-lhe um toque para o telemóvel. Veio à janela do apartamento e mandou-me subir. Ainda tinha algumas coisas para preparar. Assim que entrei no apartamento, fiquei agradavelmente surpreendido. A Margarida estava exactamente na mesma que há três anos atrás. Não mudou nada. As mesmas curvas, o mesmo olhar. Estava tão sedutora quanto naquele tempo. Tentei disfarçar a minha súbita atracção. “Desculpa o atraso. Já sabes como nós, as mulheres, somos!” disse-me esboçando um sorriso. Devolvi-lhe o sorriso dizendo que não fazia mal, tínhamos tempo para fazer a viagem. Pediu-me ajuda para acabar as arrumações, e dei-lha de boa vontade. Terminadas as arrumações, estávamos finalmente prontos para nos fazer à estrada. Durante a viagem, aproveitámos para meter a conversa em dia. Tornou-se uma conversa muito agradável, na qual aproveitámos para saber um pouco de tudo o que nos tinha acontecido ao longo daqueles três anos. Falámos de tudo, até das nossas relações amorosas, dos fracassos e das coisas boas que nos foram acontecendo. A viagem fez-se sem darmos por ela e muito rapidamente chegámos ao Porto. Fomos directos a casa do Pedro, e lá descarregámos as nossas coisas, uma vez que era lá que íamos pernoitar. O tempo foi passando, e pouco a pouco, os amigos do costume foram chegando, e fomos matando saudades uns dos outros. As conversas foram-se multiplicando, revivemos os bons velhos tempos, e fomos actualizando as notícias uns dos outros, até fazer-se noite, e estar na hora de sairmos para curtirmos a Noite de São João do Porto. A noite estava óptima. Era daquelas noites em que não fazia frio, e estava-se particularmente bem na rua. Acabámos por nos juntar à multidão toda que estava na Ribeira. À medida que a confusão ia aumentando, a Margarida pediu-me se me podia dar a mão, para evitar de se perder. Não lhe neguei o pedido. Na verdade, toda a proximidade que estava a ter novamente com a Margarida até me estava a agradar, e muito. Mesmo que eu o quisesse, era impossível desviar os olhos dela. Estava uma verdadeira tentação naquela noite com uns calções curtinhos e que revelavam todas as curvas daquelas belas nádegas, e uma t-shirt muito justinha a través da qual dava bem para ver as formas daquelas mamas. O aperto ia sendo cada vez maior à medida que a noite ia caindo, e cada vez estávamos mais perto um do outro. Não me parecia nada incomodada com tanta proximidade. Sorria para mim e falava com um tom alegre. O desejo de a agarrar e beijá-la ia aumentando a cada momento, já não sabia o que fazer para resistir a tão provocante beleza. Apesar de estarmos no meio de um grande grupo de amigos, o clima que se instalava fazia parecer que só existíamos nós dois. À meia-noite em ponto, começou a largada de fogo de artifício. Entusiasmada, Margarida voltou-se de costas para mim mas manteve-se bem coladinha. Enquanto olhávamos para o céu e deslumbrávamos o magnífico fogo de artifício nos céus do Porto, as minhas mãos não resistiram a começar um longo passeio primeiro pelas nádegas da Margarida, depois até às mamas, e as carícias foram-se intensificando apenas com o tecido da roupa a separar-me daquelas partes tão íntimas. Nada preocupada, a minha companheira continuava a olhar para o céu e a sorrir. O pescoço dela estava perto dos meus lábios, e no meio da multidão conseguia cheirar o agradável odor do seu perfume. A vontade de beijar aquele doce pescoço era mais que muita. Enquanto isso, sentia o meu pau com um desejo ardente de possuir aquela rapariga ali mesmo, e as minhas mãos não paravam as carícias sem deixar escapar qualquer parte mais íntima. (Continua)